Sacramento do Matrimônio
O homem e a mulher, imagem e
semelhança de Deus (Gn 2,26), que é Amor, são chamados a viver no matrimônio o
mistério da comunhão e relação trinitária. Deus inscreve na pessoa humana a
vocação e, conseqüentemente, a capacidade e a responsabilidade do amor e da
comunhão. Homem e Mulher são chamados ao
amor na totalidade de seu corpo e espírito.
Deus é unidade. Ele colocou
na própria natureza do ser humano essa atração para a unidade. A união do homem
e da mulher situa-se na ordem da criação de Deus. Ele criou o homem e a mulher para uma
comunhão de vida mediante o dom recíproco de si: pertence um ao outro, fazem
uma unidade. Não uma união simplesmente entre dois corpos: é uma união entre
dois seres, dois filhos de Deus.
O Matrimônio como meio de santificação
A união de um homem e de uma
mulher, através do Matrimônio cristão, enobrece-os e os faz partícipes do amor
trinitário, isto é, o casal que se une em matrimônio participa do dinamismo do
amor de Deus, que e um amor matizado pela fidelidade e pela doação de si mesmo
para o outro. Deste modo, os esposos
entregam-se em mútua doação de si mesmos, provada com terno afeto e com obras.
“A unidade do Matrimônio é
também claramente confirmada pelo Senhor mediante a igual dignidade do homem e
da mulher enquanto pessoas, a qual deve ser reconhecida no amor mútuo e
perfeito. Requer-se, porém, uma virtude sublime para desempenhar com constância
os encargos desta vocação cristã; por isso, os esposos, robustecidos pela graça
para uma vida santa, cultivarão com assiduidade a firmeza do amor, a grande da
alma e o espírito de sacrifício e os implorarão na oração” (GS 49). O amor
humano, celebrado na fé, torna-se veículo da graça divina, ou seja, meio de
santificação pelo sacramento do Matrimônio.
A família cristã, berço da
humanidade, torna-se pela graça do sacramento, como que uma pequena Igreja –
“Igreja Doméstica”. A exemplo da grande Igreja, ela é chamada a se tornar uma
(comunhão), santa, apostólica, tomando parte na evangelização. Fonte de vida e
de amor humano, o Matrimônio é lugar de graça e de santidade, testemunho e
artífice de uma nova humanidade, a ponto de o Apóstolo Paulo escrever: “este
mistério é grande” (Ef 5,32)
Rito do Sacramento do Matrimônio
a) Diálogo – O sacerdote, diácono ou a
Testemunha Qualificada que assiste ao Matrimônio, interroga os cônjuges quanto
à liberdade, à fidelidade e à aceitação e educação dos filhos.
b) Consentimento – É o momento
mais importante do casamento. “Consiste num ato humano elo qual os cônjuges de
soam e se recebem mutuamente. Deve ser um ato da vontade de cada um dos
contraentes, livre de violência ou medo grave. Nenhum poder humano pode suprir
esse consentimento. Se faltar esta liberdade, o casamento será inválido”(CIC
1625-1628). De mãos unidas e olhando um para o outro, os noivos se recebem
mutuamente como marido e mulher, juram fidelidade um ao outro e prometem se
pertencer todos os dias de suas vidas. O compromisso de amar e respeitar o
cônjuge só termina com a morte.
c) Aceitação do
consentimento – “O sacerdote, diácono ou testemunha qualificada que assiste à
celebração do Matrimônio, acolhe o consentimento dos esposos em nome da Igreja
e dá a bênção da Igreja (CIC 1630), ou seja, ratifica o compromisso assumido,
dizendo: O que Deus uniu, o homem não separe”.
d) Bênção e
entrega das Alianças – A aliança, colocada no dedo anular da mão
esquerda de cada um dos nubentes, deixa de ser um enfeite para se tornar sinal
da aliança de amor e fidelidade entre os cônjuges e, também, sinal visível
daquela Aliança de Deus com seu povo. A
bênção e a entrega das alianças tornam visível a aliança de Cristo com a sua
Igreja. O Matrimônio cristão lembra esta
Aliança definitiva de Cristo.
e) Bênção Nupcial – O celebrante
estende as mãos sobre os noivos e invoca a bênção de Deus. Na Bíblia, o gesto de impor as mãos significa
comunicação de graças especiais.
Simboliza os dons de Deus derramados na vida do casal. O casal pertence
a Deus e um ao outro. Com a bênção de Deus, terão forças para enfrentar os
desafios da vida.

