São José Freinademetz: Sacerdote religioso e Missionário na China
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São José Freinademetz |
Em 1872, entrou
no seminário maior diocesano de Bressanone (Brixen), onde completou os estudos
teológicos. Ordenado sacerdote em 25 de Julho de 1875, foi destinado pelo seu
bispo para a comunidade de S. Martinho di Badia. Humilde, generoso, rico em
humanidade e sincero, logo ganhou o coração de todos.
A sua crescente
preocupação pelas missões levou-o a solicitar, em 1878, a admissão na casa
missionária de Steyl, recentemente fundada pelo P. Arnaldo Janssen.
Depois de um
tempo de preparação e de uma longa viagem, chegou à China em princípios de
Agosto de 1879, onde juntamente com o P. João Batista Anzer, se encarrega da
missão de Shantung-Sul, que contava com 12 milhões de habitantes e apenas 158
baptizados.
Desde o
princípio, José Freinademetz procurou inculturar-se na difícil cultura chinesa.
Quis aprender o chinês na perfeição; mas antes de tudo, procurou chegar ao
coração dos chineses, entrar nos seus problemas, comer e vestir como eles. Numa
carta que escreveu aos seus pais, em 1886, dizia: “Amo a China e os chineses e
desejaria morrer mil vezes por eles.. o meio deles quero morrer e entre eles
ser sepultado”.
Durante os 27 anos da sua vida na China, José
Freinademetz desempenhou vários cargos como superior. No entanto, o que lhe
importava era ser um irmão maior que fala com o seu exemplo e com a sua vida,
mais do que com a lei.
Foram anos muito
duros, marcados por longas e difíceis viagens, assaltos de bandoleiros e um
árduo trabalho para formar as primeiras comunidades cristãs. Mas, como
missionário, nunca fugiu nem desanimou perante os inúmeros compromissos.
Em 1900, depois
de 20 anos de trabalho ininterrupto na China, por ocasião do 25º aniversário da
Congregação, o P. Arnaldo Janssen convidou-o a vir a Steyl para participar nas
celebrações comemorativas, mas José Freinademetz recusou, cortês mas
firmemente, regressar à Europa. Era o tempo da luta dos “boxers” contra os
europeus. Quando os outros missionários, seguindo a ordem das autoridades
eclesiásticas, abandonaram as missões e se refugiaram no porto de Tsingtao sob
protecção alemã, José Freinademetz preferiu permanecer junto dos seus cristãos
e sofrer com eles, mesmo sabendo do perigo a que se expunha.
O trabalho
incessante e as privações, com os anos, foram abalando o seu físico esbelto e
robusto. Quando o bispo Anzer se deslocou à Europa, José Freinademetz assumiu a
administração da diocese. Durante este período eclodiu uma epidemia de tifo e
José, como bom pastor, não poupou esforços e a todos ofereceu a sua incansável
assistência, acabando por contrair também ele a doença, vindo a falecer no dia
28 de Janeiro de 1908.
Nascido ao pé do
monte de Santa Cruz, foi sepultado em Taikia, sob a 12ª estação da Via-Sacra. O
seu túmulo tornou-se rapidamente um ponte de referência e de peregrinação para
os cristãos chineses.