Você já imaginou
como é a cara feia, feia mesmo, dos discípulos de Cristo? É Claro que ninguém gosta
de imaginar, nem para pensar. Pois bem. Mas, hoje, é bom imaginar a cara feia dos
discípulos de Cristo, para entender a mensagem da palavra de Deus hoje.
Todo começou
quando Jesus viu uma grande multidão, teve compaixão deles, e curou os que
estavam doentes. E ao entardecer, os discípulos ficaram preocupados e pediram a
Jesus para despedir as multidões, para que possam ir aos povoados comprar alguma
coisa para comer. “Vocês é que tem de lhes dar de comer”, disse Jesus. Olha gente,
pode imaginar como é reação dos discípulos. Como é a cara feia deles. E pior
ainda, só teve cinco pães e dois peixes.
Será que dá para
todo mundo? Que adianta ter cinco pães e dois peixes para
alimentar a fome da grande multidão, cinco mil homens, sem contar mulheres e
crianças?! É pouquíssimo. É quase nada! Mas Jesus pede que lhe entreguem o
pouco que se tem: “Trazei-os aqui!” (Mt 14,18).
O que conteceu depois? Jesus faz milagre. Não só
multiplicar os pães e peixes, mas, mais importante ainda, transformou o cara dos
discípulos. Cara feia dos discípulos foi transformada a cara cheia de alegria,
quando eles olharam todo mundo comeram e ficaram satisfeitos, e ainda sobrou doze cestos cheios de comida.
Meus irmaos, queremos transformar a cara feia o mundo à cara de alegria, por isso nós precisamos aprender a
partilhar. De verdade, Para Jesus, o eterno problema da nossa vida não é a
falta do pão, e sim as causas que geram a falta do mesmo na mesa da grande
maioria. O que se revela mais não é a ausência do pão, e sim a presença do
egoísmo, do individualismo, da ganância e da total ausência do amor fraterno. Quem
partilha, vence a escravidão do egoísmo. Ao partilhar, em vez de perder, o
cristão ganha muito mais.
Nós precisamos aprender a
viver o paradoxo do Reino de Deus: aquilo que se dá para o bem do próximo é
aquilo que se ganha. O amor dado é o amor recebido. A vida oferecida para
salvar o outro é a vida recebida, a vida ressuscitada. Compartilhar ou
partilhar é multiplicar. É preciso que cada cristão quebre a lógica egoísta do
lucro e substituí-la pela lógica do dom, da partilha, do amor. Sem a partilha,
não haverá um mundo mais justo e mais fraterno.
Nosso
santo Padroeiro, Santo Antônio era um frade Franciscano que tinha muita alegria
em ajudar os pobres e mais necessitados. Uma das suas funções quando frade era distribuir alimento
aqueles que passagem fome. Por esse
motivo o devoto de Santo Antônio tem que procurar a imitar o gesto do Santo
também.
Possamos partilhar o pão da vida. Sejamos também o pão milagroso para mudar a cara feia do mundo à cara cheia de alegria. Deus abençoe.
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