Só temos aqui cinco pães e dois peixes (Mt 14,17)



Você já imaginou como é a cara feia, feia mesmo, dos discípulos de Cristo? É Claro que ninguém gosta de imaginar, nem para pensar. Pois bem. Mas, hoje, é bom imaginar a cara feia dos discípulos de Cristo, para entender a mensagem da palavra de Deus hoje.


Todo começou quando Jesus viu uma grande multidão, teve compaixão deles, e curou os que estavam doentes. E ao entardecer, os discípulos ficaram preocupados e pediram a Jesus para despedir as multidões, para que possam ir aos povoados comprar alguma coisa para comer. “Vocês é que tem de lhes dar de comer”, disse Jesus. Olha gente, pode imaginar como é reação dos discípulos. Como é a cara feia deles. E pior ainda, só teve cinco pães e dois peixes.

Será que dá para todo mundo? Que adianta ter cinco pães e dois peixes para alimentar a fome da grande multidão, cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças?! É pouquíssimo. É quase nada! Mas Jesus pede que lhe entreguem o pouco que se tem: “Trazei-os aqui!” (Mt 14,18).

O que conteceu depois? Jesus faz milagre. Não só multiplicar os pães e peixes, mas, mais importante ainda, transformou o cara dos discípulos. Cara feia dos discípulos foi transformada a cara cheia de alegria, quando eles olharam todo mundo comeram e ficaram satisfeitos, e ainda sobrou doze cestos cheios de comida.

Meus irmaos, queremos transformar a cara feia o mundo à cara de alegria, por isso nós precisamos aprender a partilhar. De verdade, Para Jesus, o eterno problema da nossa vida não é a falta do pão, e sim as causas que geram a falta do mesmo na mesa da grande maioria. O que se revela mais não é a ausência do pão, e sim a presença do egoísmo, do individualismo, da ganância e da total ausência do amor fraterno. Quem partilha, vence a escravidão do egoísmo. Ao partilhar, em vez de perder, o cristão ganha muito mais. 
 
Nós precisamos aprender a viver o paradoxo do Reino de Deus: aquilo que se dá para o bem do próximo é aquilo que se ganha. O amor dado é o amor recebido. A vida oferecida para salvar o outro é a vida recebida, a vida ressuscitada. Compartilhar ou partilhar é multiplicar. É preciso que cada cristão quebre a lógica egoísta do lucro e substituí-la pela lógica do dom, da partilha, do amor. Sem a partilha, não haverá um mundo mais justo e mais fraterno.
 
Nosso santo Padroeiro, Santo Antônio era um frade Franciscano que tinha muita alegria em ajudar  os pobres e mais necessitados. Uma das suas funções quando frade era distribuir alimento aqueles que passagem fome. Por esse motivo o devoto de Santo Antônio tem que procurar a imitar o gesto do Santo também. 

Possamos partilhar o pão da vida. Sejamos também o pão milagroso para mudar a cara feia do mundo à cara cheia de alegria. Deus abençoe.
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