Papa visita cemitério militar e reza por vítimas da guerra
Papa visita cemitério militar e reza por vítimas da guerra
“A guerra é uma loucura,
a guerra destrói; destrói até mesmo o que Deus criou de mais belo”, afirmou o
Papa Francisco.
O Papa Francisco
visitou na manhã deste sábado, 13 de setembro, o maior cemitério militar da
Itália, para “rezar pelas vítimas de todas as guerras”. A iniciativa, anunciada
em junho passado pelo próprio Papa, visava assinalar o centenário do início da
I Guerra Mundial (1914-1918), que causou a morte a nove milhões de pessoas,
entre soldados e civis.
O Santuário militar de
Redipuglia fica em Gorizia, região próxima da fronteira de Itália com a
Eslovênia, inaugurado em 1938 para dar sepultura a 100 mil italianos que
faleceram durante da I Grande Guerra.
Logo após a sua
chegada ao aeroporto local, o Papa deslocou-se ao cemitério austro-húngaro de
Fogliano de Redipuglia, detendo-se em oração e depositando um ramo de flores
diante do monumento central.
A Missa, no Santuário
militar de Redipuglia, decorreu num ambiente de recolhimento, com a
participação de cerca de dez mil fiéis, apesar do frio e da chuva. Presentes
também peregrinos provenientes de países limítrofes – Eslovênia, Áustria e
Hungria.
Na homilia, num tom
meditativo, direto, o Papa Francisco declarou: “a guerra é uma loucura, a
guerra destrói; destrói até mesmo o que Deus criou de mais belo: o ser humano.
A guerra tudo transtorna, incluindo a ligação entre irmãos. A guerra é louca:
como plano de desenvolvimento, propõe a destruição!”
Aqui e no outro
cemitério há aqui muitas vítimas, disse Francisco. “Hoje recordamo-las: há o
pranto, o luto, o sofrimento… Daqui recordamos todas as vítimas de todas as
guerras”.
Segundo o Papa, ainda
hoje são muitas as vítimas, interrogando-se como isto é possível. “É possível,
porque ainda hoje, nos bastidores, existem interesses, planos geopolíticos,
avidez de dinheiro e poder; e há a indústria das armas, que parece ser tão
importante! E estes planificadores do terror, estes organizadores do conflito,
bem como os fabricantes das armas escreveram no coração: ‘A mim, que me
importa?’”
No final, uma militar
italiana, recitou, no meio da comoção geral, uma oração pelas vítimas de todas
as guerras, concluindo com o toque de clarim convidando ao silêncio, recordando
os mortos.
O Santo Padre entregou
aos bispos e responsáveis pela pastoral militar uma lâmpada que vai ser acesa nas
respectivas dioceses, no decorrer das cerimônias comemorativas da I Guerra
Mundial.
Fonte: CançãoNova