Domingo do Advento: Vigiar
Se nós
deixarmos de vigiar, poderemos perder o significado mais importante da nossa
vida, desperdiçando assim o tempo que nos resta. Vigiar é atitude cristã de
quem vive a vida em profundidade.
Quando esperamos uma visita que consideramos
importante, arrumamos a casa, preparamos as refeições, preparamos a nós mesmos
e aos nossos corações para a célebre chegada, antegozando um convívio feliz.
No mundo, existem muitas coisas que podem acontecer.
Mas, há uma que não deixa a menor dúvida: um dia vamos morrer. E, para o
cristão, isso significa encontrar-se com Cristo. Por isso, é necessária uma
preparação. É preciso vigiar, preparando-nos para esse momento decisivo de
nossa existência. Vigiar é próprio de quem ama, porque crê.
Nossa vida é passageira, porém, nem sempre nos
lembramos disso. A vida não é pura sucessão de atos: é também luta. Se nós
deixarmos de vigiar, poderemos perder o significado mais importante da nossa
vida, desperdiçando assim o tempo que nos resta. Vigiar é atitude cristã de
quem vive a vida em profundidade.
A terra que vemos e onde vivemos não nos satisfaz
plenamente. Sabemos que existe nela muito mais do que as coisas que vemos. O
que enxergamos é apenas a casca exterior de um Reino eterno, misterioso; e
nesse Reino é que fixamos nosso olhar de fé. Por causa da salvação em Jesus
Cristo, devemos nos comprometer mais plenamente na luta contra tudo o que hoje
nos escraviza.
Toda desumanização desafia urgentemente os cristãos a
expressarem, em atos, a salvação de Jesus Cristo. Diante da certeza do juízo de
Deus e da incerteza do tempo, só é possível vigiar, ficar preparado, esperando
o Cristo que vem. A hora de Deus chega até nos a cada instante, pois nosso
tempo é revestido de eternidade.
Toda intervenção consciente da fé é um sinal da vinda
do Filho de Deus que se manifesta na historia de cada dia, mas que anuncia sua
plenitude no fim dos tempos.
As orações nos tornam mais próximos de Deus e mais
preparados. Que saibamos rezar com fé, esperança, praticando a caridade.